sexta-feira, 31 de julho de 2009

Força de expressão?

Você já reparou que costumamos falar algumas frases em nosso dia a dia sem parar para pensar no que elas realmente querem dizer? Desde pequenos ouvimos coisas como “Menino, você é pior do que a encomenda!” – o que será que tinha essa tal encomenda para ser tão ruim assim? Não quero nem pensar no que poderia ser!
Até o reino animal entrou na brincadeira: “Nossa, hoje ela ta com a macaca!”. Agora eu me pergunto: o que é que a pobre macaca tem a ver com isso? E por que não o macaco? Qual seria a relação entre uma pessoa e uma macaca? Talvez essa pessoa seja meio peluda, ou goste muito de banana. Ou, pensando pela via contrária, a “macaca da história” deve ser um ser evoluído, com modos muito parecidos com os de uma pessoa – como aquele macaco que faz sucesso pintando quadros para uma galeria de artes naquela novela medíocre e sem conteúdo da Rede Globo.
Outra “força de expressão” muito utilizada para crianças pentelhas agitadas é “Ela é dá pá virada!”. Ok. Qual é o problema que uma pá virada causaria na vida de uma pessoa? A não ser que ela esteja limpa, não vejo problema algum.
Quando alguma coisa custou muito caro, ela te “custou os olhos da cara”! Preste atenção: olhos DA CARA! Será mesmo que já existe uma tabela de preços para os olhos? Será que um belo dia alguém resolveu comprar “olhos” e eles foram tão caros, mas tão caros, que mereceram fazer parte da linguagem coloquial da sociedade brasileira?
Expressões como essas enriquecem nossas conversas e nos fazem pensar em suas origens: no mínimo casos muito bizarros. Share/Bookmark

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Uma pitada de infância

Hoje um sentimento meio saudosista veio à tona, conversando com uma boa e velha amiga.
Digo velha não pela idade, mas porque somos amigas desde nosso tempo de criança, quando levávamos “lancheira” pra escola e trocávamos papéis de carta.
Um tempo onde tudo era incrível e nossos dias pareciam um conto de fadas.
Tudo era muito grande, o colégio era imenso, a quadra da educação física parecia não ter fim. O balcão da cantina era alto demais e a mochila que carregávamos nas costas parecia ter o dobro do nosso peso e tamanho.
Encantávamos-nos com a galera do “colegial”, eles sim eram grandes e adultos! Ah! Como queríamos ser igual a eles! Usar bolsas enormes, batom e até sutiã! Escrever em fichários e poder usar caneta para fazer a lição de casa!
Mas enquanto esses desejos de menina amadureciam, continuávamos a nos apaixonar intensamente, a fazer coleções de cartas e de amores platônicos. O mundo era mais colorido e os sentimentos muito mais intensos.
Era uma aventura podermos ir ao shopping sozinhas, andar de bicicleta (que era até grande demais) pela rodovia e brincar de contar histórias de terror até de madrugada.
Hoje somos mais velhas do que toda aquela “gente grande do colegial”, que nos parece tão novos e inexperientes. Hoje somos quem nós tanto sonhamos em ser, gente grande. E agora?
Usar o batom e a bolsa gigante já faz parte da nossa rotina e não tem mais tanta graça como antes. Os amores são mais sérios e comedidos, a paixão inocente de menina já parece tão distante e tão sem sentido, mas ao mesmo tempo faz tanta falta!
Às vezes nos pegamos mergulhadas nas recordações da infância, olhando álbuns de fotografias, lendo cartas e bilhetinhos antigos (aqueles bilhetinhos passados discretamente entre as carteiras no meio da aula...), relembrando amores e decepções, rindo do que passou e de como tudo é diferente do que pensávamos que seria.
Hoje temos sonhos diferentes, metas mais ainda. Pensamos mais antes de nos jogar de cabeça em um relacionamento, antes de gastar nosso salário e até mesmo de escrever o que sentimos.
Olhando para trás vemos que muitas coisas mudaram, mas não, eu não quero que tudo aquilo se perca. Todas as nossas lembranças e nossas aspirações. Quero que, para sempre, tenhamos pelo menos uma pequena parte daquelas crianças que éramos há alguns anos atrás dentro de nós, nem que seja para essas crianças se manifestarem esporadicamente, mesmo que depois de algumas garrafas de vinho. Quero que o nosso mundo fantástico de sonhos e paixões continue sempre a nos rodear, para que possamos viver intensamente nossos momentos de “gente grande” com uma boa pitada de infância. Share/Bookmark

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Eu sei, mas nao sei explicar!

Muitas vezes temos certeza de que sabemos alguma coisa, mas quando temos que explicar para alguém o que é, nos atrapalhamos, ficamos com aquela cara de babaca, até que a pessoa se irrite e vai pesquisar no santo Google! (Ele sim sabe de tudo!)

Nunca me esqueço de quando me perguntaram o que era impedimento em um jogo de futebol: “Ah... é quando o cara de um time fica tipo que na frente do outro sabe?” (aí vem aquela cara de “hã???”). A primeira coisa que me veio à cabeça foi aquela bela imagem do tira-teima da Rede Globo, com todas aquelas linhas, distâncias e jogadores posicionados! Assim fica fácil, né? Mas e para explicar o que é um impedimento, assim, sem recursos visuais e sem o Galvão Bueno comentando?

Aiiii! Eu sei, mas não sei explicar! Share/Bookmark

terça-feira, 21 de julho de 2009

Surpresa é bom e...

Um dia todo mundo se surpreende na vida. Essas surpresas podem não ser muito boas, mas surpresas são inevitáveis.
Isso pode até soar como redundante, mesmo porque se é surpresa, é porque não sabíamos, e se não sabíamos, como evitar?! Okay. Depois desse momento de reflexão, vamos ao que interessa – pelo menos no meu ponto de vista.

Tem gente que adora surpresa, gosta tanto que até pede por uma surpresa! No mínimo estranho! “Ana, você pode agitar uma galera para a minha festa surpresa no dia do meu aniversário?” (Hã????)

Tem gente que tem o dom de estragar qualquer surpresa. Quando está tudo pronto para aquela festa surpresa vem aquele FDP e solta “sem querer” - e que isso fique bem claro! - a informação.... e lá se foi todo o trabalho árduo da galera! Muitas vezes essa pessoa estraga até a própria surpresa e reclama que nunca ninguém faz festa surpresa pra ela - Por que será? Que gente ingrata,não?!

Finalmente, aquelas pessoas que adoram FAZER surpresa! E é aí que eu me encaixo! Não que eu não goste de receber um cartãzinho inesperado, um presentinho fora de data ou até mesmo uma mensagem no celular altas horas da madrugada, mas quando a gente FAZ a surpresa para alguém é muito mais gostoso! Primeiro vem a ideia do que fazer, depois de como fazer e, finalmente, o grande momento!

Mas tem também a surpresa que vem sozinha. Simplesmente acontece, sem que ninguém tenha preparado ou planejado alguma coisa. E essas são as mais surpreendentes! É quando você encontra um amigo que há anos não via, andando no meio da rua. Ou quando sai aquela nota que você tinha certeza que já tinha “se f...” - essa é realmente muito surpreendente! – mas que, por ironia do destino – SIM! - você foi aprovado.

E agora eu é que estou surpresa: como finalizar esse post?
Surpresaaaaaa! Share/Bookmark

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Feliz dia do Amigo!

Eles estão sempre ao nosso lado, compartilhando momentos e lembranças. Colecionando fotos, lágrimas e muita risada. Amigos são sinceros - às vezes até demais - mas são eles que nos ajudam a levantar quando o mundo parece estar de cabeça pra baixo. São eles que nos acompanham em nossas viagens, aguentam nossas loucuras e nos trazem de volta ao mundo real quando estamos indo longe demais.
Eles entendem nossos medos e inseguranças, conhecem todos os nossos segredos e continuam ao nosso lado mesmo assim.
Nesse dia do amigo, não se esqueça daqueles que sempre estiveram com você. Aqueles que estampam fotografias e são protagonistas de suas melhores recordações.
Feliz dia do amigo! Share/Bookmark

domingo, 19 de julho de 2009

O acaso

Pode ser que nada seja por acaso, as pessoas que conhecemos, os lugares que visitamos, as coisas que fazemos.
O que muito me espanta é que algumas coisas que parecem ser "por acaso" acabam sendo umas das melhores coisas de nossas vidas.
Uma viagem que não estava nos planos, por exemplo, e que aconteceu "por acaso", acaba sendo aquela viagem que você vai se lembrar para sempre em suas melhores recordações e álbuns de fotografias.
Uma amizade "por acaso", pode ser aquele amigo que estará para sempre do seu lado.
Enfim, aquela história de estar no lugar certo e na hora certa pode, muitas vezes, parecer obra do acaso...mas preste atenção, esta pode ser A HORA que durará muitas outras horas, muitos outros sorrisos, muitas outras lembranças, muitos outros amigos e muitos outros acasos. Share/Bookmark

quinta-feira, 16 de julho de 2009

A odisséia do intercâmbio


Depois de passar alguns dias sozinha em casa - sim, todos foram viajar e, como não sei mais o que é férias há um bom tempo, fiquei em casa - me lembrei do tempo que morei em Sydney. Foi uma experiência inesquecível, mesmo porque, até entao (lê-se agosto de 2008) eu nunca tinha ido ao supermercado sozinha, arrumado minha casa de livre e espontânea "vontade" ou simplesmente porque ela estava uma zona e cuidado da minha conta bancária com tanta preocupação.

Por essa razão, hoje resolvi postar um texto que escrevi enquanto ainda estava na terra dos cangurus, filosofando sobre como é ficar longe da familia, dos amigos, em um país estranho, com pessoas do mundo inteiro e ainda ter que trabalhar para literalmente comer e pagar as contas!


Aí vai:


Fazer intercâmbio é...

Conhecer pessoas do mundo inteiro e descobrir coisas que você nem imaginava que existiam.

Sentir uma mistura de saudade, felicidade e medo ao mesmo tempo.

Não saber explicar o que você está sentindo, mas saber que existem muitas pessoas que já sentiram e estão sentindo o mesmo que você.

Saber respeitar as diferenças culturais e entender (ou pelo menos tentar entender) o mundo.

Descobrir que os Koreanos já nascem com um ano de idade (incrível não?!).

Querer falar alguma coisa e não conseguir por causa do seu “fucking english”.

Morar com pessoas direfentes e tolerar as diferenças.

Descobrir que comida não aparece na geladeira sozinha (sim, você tem que ir até o supermercado!).

Descobrir que as roupas não se renovam e que você precisa lavá-las.

Engordar uns 10 kilos e dar risada porque suas calças não cabem mais em você.

Dividir tarefas da casa, lavar banheiro, cozinha...

Saber que papel higiênico também não vai para o banheiro sozinho (paaaasmem!!!).

Trabalhar em coisas que você nunca pensou em fazer, achava que era fácil, mas descobriu que não era tanto assim.

Sentir uma saudade absurda das pessoas que amamos, que dá vontade de sair correndo e gritando pela rua, mas saber que a escolha de estar lá foi sua.

Descobrir o quanto você é capaz de fazer certas coisas e até aonde vão seus limites.

Saber ter limite e, às vezes, não ter.

Ter que trabalhar para comer e pagar as contas.

Ter horários malucos e esquecer o que é ter uma rotina.

Descobrir que tem louco pra tudo nesse mundo ( e também que você não era tão normal quanto pensava).

Mudar seus valores.

Contar os dias no calendário só para ter cesteza de quanto tempo falta para voltar pra casa, ou quanto tempo ainda lhe resta.

Fazer contas todos os dias e mudar seus planos (every each day).

Saber dizer não, não e não.

Se conhecer e se surpreender com você mesmo.

Saber que alguém do Brasil te liga qndo o ceu celular toca no mesmo horário aos domingos ou em horários completamente estranhos por causa do fuso horário.

Ir para a praia depois do trabalho.

Ver o pôr do sol todos os dias.

Descobrir que as pessoas não são quem você achava que eram.

Confiar e se decepcionar. Não confiar e se surpreender.

Morar na praia e olhar para o mar todos os dias.

Sentar nas pedras e esperar os golfinhos passarem do seu lado.

Ter a liberdade que você sempre quis.

Colocar em prática, sem mesmo saber, a educação e os valores que vieram de casa.

Se pegar fazendo extamente a mesma coisa que seus pais fazem e que você não suportava.

Comer salada sem sua mãe mandar.

Crescer por dentro e por fora.

Errar e aprender com os erros.

Descobrir suas fraquezas e se fortalecer.

Querer chorar, mas não ter para quem.

Querer ligar para casa pedindo colo, mas não fazê-lo para não preocupar seus pais.

Descobrir que você está virando gente grande e que isso não é tão bom quanto você pensava e nem tão ruim quanto te falavam.

Pedir conselhos para os seus pais pelo telefone e eles dizerem que você que tem que saber o que é melhor para você agora, porque eles estão longe.

Aprender a se virar e sair de situações esquisitas.

Colecionar fotos e lembranças diferentes.

Ganhar dinheiro em uma semana e na semana seguinte se ver sem nenhum dólar na carteira.

Dar valor ao dinheiro.

Olhar o preço das coisas antes de sair comprando tudo no supermercado.

Sentir falta de coisas que antes nem eram tão importantes assim.

Dividir o quarto.

Dar importância às pequenas coisas.

Saber lidar com as mudanças frenéticas e diárias.

Ter novidades para contar.

Ver que é possivel fazer tudo aquilo que você sempre sonhou e que parecia tão surreal.

Perceber que o mundo está na sua cara e voce pode conhecê-lo inteiro.

Ver seus objetivos mudarem.

Decidir-se. Mudar de idéia. Colocar em prática.

Arriscar.Aceitar desafios.

Abrir a mente.

Mudar seu conceito do que é viver a vida e aproveitar a vida.

Estar aberto para a vida.

Querer voltar e não conseguir se imaginar no mesmo lugar.

Se descobrir e notar que na verdade, você não conhecia a fundo algo que sempre achou que conhecia muito bem: Você mesmo.
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quarta-feira, 15 de julho de 2009

Olá...
Sou mais uma aventureira entrando nesse mundo de blogs. E para que nem eu e nem você caiamos de pára-quedas aqui, começo me apresentando.
Meu nome é Marina, mais conhecida como Nina. Sou estudante de publicidade e recém-efetivada na área de criação de uma agência de comunicação.
Agora que já estamos apresentados, sinto-me a vontade para explicar o nome deste blog: Textualicidade.
Pode parecer um tanto quanto esquisito, neologista ou seja lá o que for, mas se prestarem atenção, verão que faz sentido:
Para começar, a essência de todo blog - ou pelo menos da maioria deles - é o que está escrito nele, ou seja, o texto. Além disso, por eu ser uma amante da redação - principalmente da redação publicitária - o texto é uma coisa que realmente me fascina. Dizem que a propaganda é a alma do negócio... e, para mim - os diretores de arte que me perdoem - o texto é a alma da propaganda, mas isso é tema para um outro post, ok?
Então, texto com publicidade: é este o tema deste blog que vos escreve! Textualicidade, muito prazer! Share/Bookmark