quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Brasil: Quem escreve essa novela?

Há algum tempo tenho observado o comportamento das pessoas nas redes de relacionamento da web e através de conversas com conhecidos. Comecei a perceber uma certa mudança de valores, que parece ser uma tendência nacional.

Vivemos na sociedade da transparência e não mais das aparências. Uma sociedade em que a informação está muito fácil de ser acessada e que todos podem expor seus pensamentos e opiniões para qualquer um ver. Isso seria ótimo se essas opiniões fossem mais construtivas e menos fúteis.

Em um momento em que políticos escancaram falcatruas e declaram roubos absurdos. Em um tempo em que corremos o risco de ter no poder do país uma terrorista e ex-presidiária. Será que está difícil interpretar a atual situação do Brasil ou será que todas essas declarações de corrupção já viraram lugar comum para os Brasileiros, que agora se preocupam apenas com quem será eliminado no próximo paredão?

Como seria se toda essa revolução das redes sociais tivesse eclodido na época dos nossos pais? Qual seria a palavra mais twittada dos últimos tempos? Fomos criados pelos jovens estudantes da década de 60, que sempre lutaram pelos seus direitos, acreditavam na democracia e em uma sociedade limpa e transparente.

Hoje em dia a política está muito mais transparente do que há 20 anos e o que vemos são pessoas cada vez menos descrentes e mais conformadas com o caminho que o país está seguindo, deixando-o nas mãos de “arrudas” e “dilmas”. Nada mais é comentado, a não ser quais serão os próximos capítulos da novela das 9 e quem deve ganhar um milhão. Enquanto isso muitos outros milhões são desviados em Brasília e os capítulos dessa novela já não interessam a mais ninguém.

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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Minhas unhas. Meu humor.

Que a indústria cosmética está cada vez mais criativa não tenho dúvidas. Mas as marcas de esmaltes estão surpreendendo cada vez mais. Não pela qualidade ou diversidade de seus produtos, mas sim pelas nomenclaturas concedidas às cores de esmaltes. Cada cor possui um nome mais – digamos - criativo do que outro.

A sensação que dá é de que cada vidrinho colorido daquele possui uma vontade própria e uma razão única de ser e existir! É como se a cada semana a mulher pudesse escolher o seu “estado de espírito” de acordo com a cor do seu esmalte:

Atrevida: “Sou safadinha, mas preciso de um empurrãozinho desse esmalte para colocar as asinhas de fora.”

Vermelho Ivete: “Tenho pernas grossas e sou melhor do que a Cláudia Leite.”

Puro glamour: “Praticamente uma estrela de Hollywood no Oscar.”

Garota verão: “Com esse esmalte e de mini-saia... ninguém me segura!”

Rosa chiclete: “Não sei...mas minhas amigas vão adorar!”

Tititi: “Porque fofocar faz bem.”

Affair: “Para uma noite casual.”

Noite quente: “É hoje...!”

Não satisfeitos, com a intenção de despertar os desejos mais íntimos das mulheres através de nomes cada vez menos descritivos e cada vez mais subjetivos, a coleção “7 Vermelhos Capitais” tem feito sucesso nos salões de beleza como a Santa Gula, o Doce Orgulho, Toque de Ira, Possessão Rosa, Pura Luxúria, Inveja Boa e Preguicinha.

É a prova de que, tratando-se de unhas – e de jogadas de marketing - nada é pecado!

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